sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Chama e Fumo

Amor _ chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...

Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor _ chama, e, depois, fumaça...

Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimado o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...

Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor _ chama, e, depois, fumaça...

A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...

Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linda a arder!
Amor _ chama, e, depois, fumaça...

Porquanto, mal se satisfaça
(Como te poderei dizer?...),
O fumo vem, a chama passa...

A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas... tem de ser...
Amor?... _ chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa...

(Manuel Bandeira)

Um refresco 2

Ingredientes

1 colher (chá) de gelatina sem sabor
1 xícara (chá) de café pronto frio
1 Lata de creme de leite gelado e sem soro
7 colheres (sopa) de açúcar
Chantilly a gosto para acompanhar

Modo de Preparo

Hidrate a gelatina no café dissolva em banho-maria e bata no liqüidificador com creme de leite e o açúcar
Coloque em taças decore com o chantilly e leve a geladeira por 1 hora
Se desejar decore com grãos de café

Um refresco

ingredientes:
750ml de leite;
2 colheres (de chá) de café do tipo Nescafé®;
2 colheres (de chá) de Nescau®;
3 colheres (de chá) de açúcar;
4 pedras de gelo;


modo de preparo
coloque o leite, as colheres de café, Nescau® e açúcar e as pedras de gelo no liqüidificador;
clique no pulsar por algumas vezes para triturar as pedras de gelo antes de bater definitivamente;
em qualquer velocidade, deixe batendo no liqüidificador por uns 3 minutos ou até perceber que o gelo todo já se desfez;

Dica: Caso não queira deixar muito escuro ou muito forte, diminua a quantidade de café e coloque um pouco mais de Nescau®, fica bom também. Assistir a um filme em plena tarde de domingo tomando café gelado é bastante interessante.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mais Vale o Que Será.DCE2010/2011 Assistência Estudantil

"Educação é direito de todos e dever do Estado!". Ao dizermos isso, afirmamos que é dever do Estado garantir não somente o acesso à universidade e à formação, mas também aos meios necessários para que se construa o conhecimento de forma adequada. É possível aprender com qualidade se não há meios de se garantir a sobrevivência, a não ser bolsas associadas a 12 horas semanais de trabalho técnico dos estudantes? É possível à estudante associar a beleza da maternidade aos seus estudos, se não há nenhuma política de assistência às estudantes mães e aos seus filhos? E quem tem que se deslocar de um campus para outro, como faz, se só tem intercampi raras vezes ao dia? E moradia, gente?! No litoral não tem, em Palotina quase nada, em Curitiba até tem um pouco, mas quase nada perto dos milhares de estudantes dessa universidade, sem contar que as casas não são mistas, o que impossibilita o acesso de transsexuais e transgêneros. Esta realidade não acontece por acaso. Existe na universidade um déficit crônico de servidores técnico-administrativos, sendo utilizado o trabalho dos estudantes para suprir esta necessidade, através de bolsas que, pra piorar, ainda são insuficientes em número e valor. Algo parecido atinge os RUs, que tem serviços terceirizados, com funcionários mal pagos. A universidade adquiriu novos ônibus, mas que não são adequados para o transporte dentro da cidade, e estes sequer tem seu uso liberado facilmente pela reitoria (sempre ficam alguns no pátio da CENTRAN, servindo de poder de barganha).
            A chapa MAIS VALE O QUE SERÁ se posiciona contrária a essa política de não investimento em assistência estudantil, e propõe a luta pela construção de creches e novas casas de estudantes (construção imediata nos campi litoral e Palotina), melhoria das já existentes, fim das taxas nas casas, por casas mistas, com quartos próprios para estudantes mães com seus filhos. Fim às bolsas condicionadas ao trabalho na universidade, abertura imediata de concurso para técnicos. Fim às filas do RU, abertura para eventos estudantis, funcionamento aos sábados e domingos, para almoço e jantar. Por mais ônibus intercampi adequados e mais horários.

Mais Vale o Que Será.DCE2010/2011 Proposta Setor de Humanas


CURRÍCULO
Hoje, em cursos como comunicação social, design, história, ciências sociais e letras, a discussão curricular é uma realidade. Isso a primeira vista pode parecer um avanço: estamos discutindo nossa formação, afinal! Nada disso, o que estamos discutindo são as reformas curriculares que nos são forçadas pelo MEC.
Na comunicação social, a reforma vem para acabar com as habilitações. Cada uma delas – jornalismo, PP e RP – viraram cursos próprios. Uma especialização precoce que nega a existência de discussões comuns e necessárias à área de comunicação social. No design a discussão também é sobre as habilitações, mas ao contrário: querem tirar as especialidades de cada área do design da graduação e transformar tudo em um único curso genérico.
Nos cursos com licenciatura, a discussão é a mesma: a obrigatoriedade da dissociação entre o bacharelado e licenciatura. Parte-se uma concepção que vê a produção de conhecimento como exclusividade da academia. Estabelece-se uma relação dicotômica com o ensino, que é só aplicação do que já foi produzido na universidade, a mera transferência do que já foi feito.
        O que podemos ver em todas essas medidas é que não há uma preocupação na construção de uma educação crítica. Os currículos caminham no sentido de atender demandas de mercado, cada vez mais técnicos e descolados e nossa realidade social.
        Enquanto DCE queremos debater a questão curricular e, mais do que isso, organizar lutas que consigam articular os ataques que os vários cursos vem sofrendo de forma isolada, mas que tem um mesmo objetivo: voltar a educação para o mercado.
ESTRUTURA
        No processo de reestruturação da universidade, vemos vários problemas. Faltam salas de aula, turmas ficam super-lotadas.. No curso de direito, as reformas previstas para o prédio da Santos Andrade contem salas de aula para 115 estudantes: como ter qualidade com turmas desse tamanho?
        E as bizarrices da reforma da Santos Andrade não param por aí: devido ao projeto do corredor cultural, a psicologia está sendo expulsa do prédio. Ela irá para o novo prédio da universidade, o Teixeira Soares, aquele perto do Estação. Só resta saber qual é a estrutura que estará reservada para eles por lá, já que não tem RU nem se sabe bem o que fazer com a biblioteca de humanas, a qual é compartilhada por vários cursos – alguns dos quais vão para o novo prédio e outros que permanecem na reitoria. Essas são mudanças que não levam em conta questões básicas de assistência estudantil e estrutura, inviabilizando a construção de uma educação verdadeiramente pública, gratuita e de qualidade.
CORREDOR CULTURAL
        Esse é um projeto da prefeitura de Curitiba em parceria com a universidade que pretende uma “revitalização” do centro da cidade. O que está por trás dessas palavras bonitas é uma política de higienização do centro, que não resolve realmente os problemas: os esconde. Os mendigos, as prostitutas, as drogas não deixaram de existir, só estão mais longe do centro da cidade modelo. Achamos que a UFPR apoiar um projeto desse tipo é uma subversão completa daquilo que a universidade deve ser. A universidade deve produzir conhecimento para transformar a realidade, e não compactuar com medidas que reproduzem a desigualdade de nossa sociedade.
Enquanto DCE queremos discutir essas coisas e organizar lutas que garantam uma expansão com qualidade de nossa universidade, para que ela seja realmente pública gratuita e de qualidade e, mais do que isso, se volte realmente

Equação.Aplicação.restituição

F(x) = S nt ( t « -¥)

F(x) – momento da ilicitude.
S nt – somatória de fatos que geraram o evento.
(t « -¥) – representação da abrangência dos fatos desde a consumação ate o evento gerador dessa sucessão de eventos.

Através desta formula podemos analisar os fatos, responsáveis pela conduta ilícita, de cada individuo de tal forma a proporcionar a vitima a devida restituição legal da justiça. Mas qual justiça? O estado harmônico anterior ao ocorrido ou apenas a prestação jurisdicional que em muito confunde-nos com a falsa sensação de justiça. A compreensão desta sucessão de eventos anteriores permite a nos sociedade e não tão somente ao poder publico como na atual situação, o entendimento dos fatores individuais e sociais que levaram a realização do fato ilícito e permite que adotemos uma postura preventiva e coativa à repetição do evento ou transgressão das normas sociais por outros indivíduos.
* Formula desenvolvida por André Peixoto de Souza
**texto próprio com base em seu trabalho.

Espaço e tempo como intuições: Kant

ESPAÇO

Espaço metafísico: a experiência de representar algo exterior a mim necessita da noção de espaço.
O espaço é a condição de possibilidade dos fenômenos e não uma determinação que dependa deles.
O espaço não é um conceito universal, quando falamos em espaço falamos numa parte de um todo.
Como nenhum conceito pode ser pensado como encerrando uma infinidade de representações em si, o espaço é uma intuição a priori e não um conceito.

Espaço transcendental: representação imediata dos objetos através da intuição, a partir do momento em que o individuo é afetado por esses objetos, como forma do sentido externo.

Conclusão:

O espaço é a forma de todos os fenômenos dos sentidos externos que permite a intuição externa através da condição subjetiva da sensibilidade.
TEMPO

Tempo metafísico: o tempo é uma representação que é base para todas as intuições. Somente através dessa representação podemos nos demonstrar a existência de uma coisa num só e mesmo tempo ou em tempos diferentes (simultaneamente ou sucessivamente). O tempo não pode ser suprimido, trata-se de condição geral para realidade dos fenômenos. O tempo é unidimensional, tempos diferentes são sucessivos e não simultâneos. Ao contrario do espaço que não é sucessivo e sim simultâneo.
O tempo não é um conceito universal, mas uma noção pura da intuição sensível. Tempos diferentes, são partes de um mesmo tempo.
Na infinitude do tempo qualquer grandeza que dependa de limitações de tempo deve conceber uma base de tempo ilimitado, mas não terá uma representação através de conceitos, pois estes apenas contem representações parciais do todo, é necessário uma intuição imediata de fundamento.

Tempo transcendental: no tempo ocorre a possibilidade de predicados contraditórios, sucessivamente ao mesmo objeto, como a existência de algo em um lugar e a não existência no mesmo lugar.

Conclusão

O tempo é a noção do sentido interno, da intuição de nós mesmos e nosso estado interior, não sendo uma determinação de fenômenos exteriores. Conclui-se também que a representação do próprio tempo é uma intuição, pois todas as suas relações podem se expressar numa intuição externa.
O tempo é uma condição subjetiva da nossa (humana) intuição, porque é sempre sensível na medida em que somos afetados pelos objetos e não é nada em si fora do sujeito, mas é necessário aos fenômenos e a todas as coisas que venham a nós na experiência. Todas as coisas, enquanto fenômenos estão no tempo. Como nossa intuição é sensível rejeitamos qualquer objeto que não esteja relacionado à condição do tempo.

Espaço e tempo relacionais: Leibniz

Leibniz

Para Leibniz, o espaço é um fenômeno não ilusório. É a ordem das coisas que se relacionam. O espaço tem uma parte objetiva, a da relação, mas não é o real tomado em si mesmo. Assim como o espaço, o tempo também é um fenômeno.

Espaço relacional: o espaço é uma “ordem de coexistência” das coisas entre si (enquanto o tempo é a sua “ordem de sucessão”). Quer dizer com isso que o espaço consiste em certas propriedades relacionais das coisas físicas. Quando se fala de espaço se usa predicados relacionais como “ao lado de”, “acima de...”.
Segundo a concepção relacional, os objetos não estão realmente no espaço, posto que seja eles mesmos que de algum modo o constituem, e se não existisse algo no mundo também não poderia existir o espaço (nem o mundo).

Tempo relacional: o tempo é uma ordem de sucessões das coisas, reduzindo-se, pois, a relações ditas “temporais” entre eventos e estados de coisas. Como a concepção relacional do tempo baseia-se nas relações de mudança das coisas em acontecimentos, uma conclusão dessa concepção é a de que não há tempo sem mudança, posto que nesse caso nada poderia evidenciar a passagem do tempo. A suposição de que pode haver tempo sem mudança conduz também a resultados paradoxais. Se a admitimos, então podemos supor que o mundo inteiro, incluindo nós mesmo, “se congele” no tempo pelo período de dez anos sem sofrer nenhuma mudança, para depois voltarmos a tudo e seguir o seu curso normal, como se nada tivesse acontecido. Ora, tendo o congelamento acontecido no universo inteiro, não podemos jamais saber se ele aconteceu. Toda a dificuldade imputada a essa hipótese é que ela fere um razoável princípio da verificabilidade, segundo o qual enunciados que a experiência é absolutamente incapaz de demonstrar serem verdadeiros ou falsos são destituídos de sentido! E se a hipótese do mundo sem mudança é inverificável, podemos concluir que não faz sentido.

DIREITO POSITIVO E CIENCIA DO DIREITO

Trata-se de dois mundos distintos, de organização e discursos, cada qual de lógica e função diversa. Entretanto ocorre uma negligencia em geral pelos autores, em observar as peculiares diferenças entre ambos os mundos. O que caracteriza a ocorrência elevada dos entrelaces de conceitos e a sensível dificuldade em distinguir a qual mundo pertence essas determinadas propriedades.
Por tanto é sempre pertinente enfatizar a distinção entre o Direito Positivo que trata do complexo de normas jurídicas validas num dado país. Entendamos valida aquela norma que respeita a questão da hierarquização da pirâmide proposta por Kelsen, alem da temporalidade, territorialidade e especialidade. À Ciência do direito cabe a descrição do enredo, declarando suas atribuições lógicas, hierárquica e sistemática visando seus conteúdos valorativos, e/ou de significações.

A luta

"Sempre que o direito esteja defendido pelo interesse, o direito novo terá de travar uma luta para impor-se. Sempre que isso acontece, cada uma das partes que se defrontam ostenta em seus estandartes a divisa da majestade do direito. Uma invoca o direito histórico, o direito passado, e a outra, o direito sempre em formação e constantemente rejuvenescido, o direito inato da humanidade à contínua renovação. Encontramo-nos diante de um conflito intríseco, contido na própria idéia do direito. E esse conflito assume proporções trágicas para aqueles que, depois de ter empenhado todas as suas forças e todo o seu ser em prol de uma convicção, vêem-se condenados pelo julgamento supremo da história. O caminho percorrido pelo direito em busca de tais conquistas muitas vezes está assinalado por torrentes de sangue".
A luta pelo direito
Rudolf von Ihering

Historia é Dialetica

A Dialética histórica sobre uma perspectiva materialista do embate entre classe dominante e dominada, resultando em uma síntese onde se abstrai uma nova classe dominante que sobrepujara outra. Conforme determinado pelos meios de produção que são realizados pela infra-estrutura, de maneira, que determinara a superestrutura, ou forma de pensar da classe dominada como forma de consagrar a legitimidade da classe dominante e suprimindo ou tentando assim reprimir qualquer forma de pensar capaz de alterar essa forma de poder.

Tese (Nobres) – Antítese (Escravos) Regime de escravidão.
S(t) Síntese/Nova Tese (Senhor Feudal) – Antítese (Servo) Regime de servidão
S(t) Síntese/Nova Tese (Burgueses) - Antítese (Proletariados) Regime de trabalho
S(f) Síntese Final (Socialismo);

Obtemos o Socialismo como ultima forma de modelo econômico abstraído do conflito das classes, resultando num regime igualitário sem a exploração de quais quer que sejam as partes envolvidas no processo histórico econômico.

Retomada

O Sujeito Transcendental, quanto retomada de método por Hengles, da Dialética;

Tese (Sujeito) - Antítese (Objeto (sujeito como objeto de si mesmo)).
Síntese (Sujeito Transcendental)

Sujeito pleno no exercício de suas capacidades cognicentes, a partir da tomada do autoconhecimento tento como objeto si mesmo abstraindo assim capacidade de compreensão dos saberes ao seu redor e das demais pessoas na medida de sua transcendência numa perspectiva individual .

O interprete do direito

O interprete do direito, compreende a norma no seu estado "primitivo" de texto normativo e o desenvolve de forma a interpretar/compreender e compreende/interpretando o texto normativo, vinculando-o ao caso concreto, criando assim a norma jurídica para determinado interesse, a fim de obter uma norma de decisão. Assim como o oleiro a criar o vaso a partir do barro, moldando/ extraindo a beleza da matéria-prima, o interprete do direito o faz com o texto normativo, o qual representa um direito a ser exercido dentro da realidade dos fatos. Esse direito deve ser moldado pelo interprete da norma conforme a necessidade dos fatos. O texto normativo não é a norma, mas a regra que norteia e limita (ou não) o interprete do direito na criação da norma jurídica, que não pode desconsiderar os fatos e sua interpretação/compreensão da realidade para criação da norma jurídica.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Chico

E já no limite da minha esperança, eis que ela pisava o jardim na ponta dos pés e eu descia com o coração na boca para lhe abrir a porta.

Equilibrio

As questões que nos tocam o coração
retornam facilmente a nós
mesmo que sendo indesejadas
Temos a chance de encontrar num mal
a boa questão
e como orientar o espírito para
uma concordância entre a ordem do racional
e das exigências pessoais e atuais?

Resumo provisório da dinâmica humana

Sou, ergo hazo
e hazo porque sou
e só sou hazando

Quando lhe ensinaram o A
Chorou

No B
pôs o dedo no nariz

No C disse merda
No D pensou um pouco

No R
roubou o salário do pai

No T
dormiu com a irmã

No Z
Conseguiu seu diploma
(Julio Cortázar)

E os poetas nos conhecem antes de nós mesmos
Em Construção, durante essa semana
Começaremos a publicar sabado
Obrigado pela Att.